Em outubro, mês que abraça o Dia Mundial da Alimentação, o
Papa Francisco enviou uma carta ao diretor-geral da
Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), o
brasileiro José Graziano, criticando o modelo praticado atualmente no
agronegócio e o desperdício de comida do mundo, enquanto tantos passam fome.
De acordo com a Agência Brasil, o pontífice
criticou a especulação dos preços, a regras de mercado e falou em adoração ao
“Deus Lucro”. Para ele, as pessoas que passam fome estão sendo tratadas apenas
como números.
Foto: Alessandro Bianchi/Reuters/VEJA |
“Até quando se defenderão sistemas de produção
e de consumo que excluem a maior parte da população mundial, inclusive das
migalhas que caem da mesa dos ricos? Chegou a hora de pensar e decidir a partir
de cada pessoa e comunidade, e não com base na situação dos mercados",
consta de trecho da carta.
O Papa também rechaçou o desperdício de
alimentos enquanto 805 milhões de pessoas passam fome. "As
comunidades rurais devem ser protegidas diante das graves ameaças, determinadas
pela ação humana ou pelos desastres naturais. Isso não pode ser apenas uma
estratégia, mas sim, uma ação pensada para favorecer a sua participação nas
tomadas de decisões, a tornar acessível as tecnologias apropriadas e a estender
o seu uso, sempre respeitando o ambiente", alertou.
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