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Neste mês de novembro completa-se 39 anos desde a
criação do programa brasileiro Proálcool, que iniciou a substituição em larga
escala dos combustíveis veiculares derivados de petróleo pelo álcool produzido
a partir da cana-de-açúcar, o etanol.
A União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica)
relembra que o programa foi o mais bem sucedido da história e trouxe muitos
benefícios, inclusive protegendo o país de dos aumentos do preço do petróleo do
mercado mundial.
No final dos anos 70, a produção alcooleira atingiu
um pico de 12,3 bilhões de litros e o Proálcool foi fundamental para que a nova
crise mundial do petróleo tivesse um impacto menor no Brasil (após os danos causados
pela crise de 73).
E, desde então, entre dias melhores ou piores, o
setor vem se desenvolvendo, com marcos como o lançamento do primeiro veículo
bicombustível no Brasil, em 2003. Hoje, segundo a Unica, a frota do país
ultrapassa 34 milhões de veículos, dos quais mais de 22 milhões são flex.
A utilização do etanol hidratado (que vai
diretamente no tanque dos veículos) e do etanol anidro (adicionado a gasolina) permitiu
que se evitasse jogar na atmosfera mais de 240 milhões de toneladas de gases
causadores do efeito estufa.
Mas, nos dias atuais, o setor reclama que não tem
recebido a devida atenção e lamenta as quedas, registradas pelos números em
decréscimo.
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Entre 2004 e 2010, as companhias do setor
sucroenergético fizeram grandes investimentos, mais de 100 novas plantas
industriais foram construídas e o número de unidades produtoras em operação
superou 400 empresas.
“Apesar de tudo isso, o setor vive atualmente a
pior crise de sua história. A perda de competitividade do etanol promoveu uma
reversão no ciclo virtuoso de investimento e crescimento da indústria. Entre
2008 e 2013, mais de 70 usinas já fecharam as portas somente na região
Centro-Sul e outras 12 unidades devem encerrar suas atividades em 2014”,
divulgou a Unica.
O pedido de socorro é pela criação de políticas
consistentes e de longo prazo que atendam o setor e valorizem uma matriz
energética diversificada, reconhecendo as contribuições ambientais e econômicas
que o etanol já proporcionou e ainda pode proporcionar.
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