terça-feira, 4 de novembro de 2014

A soja, o clima e as perspectivas para a safra 2014/2015

Foto: Reprodução
O Brasil é o segundo maior produtor mundial de soja, perdendo o posto apenas para os Estados Unidos e, por vezes, como na última safra, quase liderando o ranking. A estimativa para a safra 2014/2015, de acordo com levantamentos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é que a produção brasileira alcance 91 milhões de toneladas, quase metade de todos os tipos de grãos que devem ser produzidos no país.

A projeção é recorde, mas talvez o fator clima não ajude – de novo – e empurre os números para baixo. Na safra 2013/2014, as lideranças nacionais do setor já comemoravam a possibilidade de passar os Estados Unidos, mas, no fim das contas, chuva de menos no plantio e demais na colheita levou os planos por água abaixo – literalmente.

Nesta temporada, as coisas já não começaram muito bem. As principais regiões produtoras começara o período de plantio com o clima às avessas, seco, com escassez de chuvas ou chuvas irregulares. Já findamos outubro e, nesta essa época, as chuvas já deviam ser mais constantes e grande parte das lavouras da oleaginosa já deveria estar plantada.

Aqui em Mato Grosso, estado responsável por mais de 30% do volume de produção nacional de soja, o vazio sanitário terminou no dia 15 de setembro e, com a primeira ou segunda chuva após esta data, muitos produtores colocaram as máquinas no campo. Mas, a água parou e os trabalhos estacionaram junto com ela. As chuvas só estão retornando agora, iniciando novembro.

Segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) até 31 de outubro o Estado semeou 40,5% do previsto, um atraso de mais de 30% em relação à safra anterior e um cenário incomum em comparação com os últimos ciclos.


Para o Imea, a situação é preocupante, mas ainda não é possível dizer se haverá muitas perdas. Se as chuvas não voltarem a apresentar volumes satisfatórios, muitos produtores terão de replantar suas lavouras, o que vai impactar bastante os custos desta safra. Mas, parece que os céus já estão colaborando...

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