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O Brasil é o segundo maior produtor mundial de soja, perdendo
o posto apenas para os Estados Unidos e, por vezes, como na última safra, quase
liderando o ranking. A estimativa para a safra 2014/2015, de acordo com
levantamentos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é que a produção
brasileira alcance 91 milhões de toneladas, quase metade de todos os tipos de
grãos que devem ser produzidos no país.
A projeção é recorde, mas talvez o fator clima não ajude – de
novo – e empurre os números para baixo. Na safra 2013/2014, as lideranças
nacionais do setor já comemoravam a possibilidade de passar os Estados Unidos,
mas, no fim das contas, chuva de menos no plantio e demais na colheita levou os planos por água abaixo – literalmente.
Nesta temporada, as coisas já não começaram muito bem. As
principais regiões produtoras começara o período de plantio com o clima às avessas, seco, com escassez
de chuvas ou chuvas irregulares. Já findamos outubro e, nesta essa época, as
chuvas já deviam ser mais constantes e grande parte das lavouras da oleaginosa
já deveria estar plantada.
Aqui em Mato Grosso, estado responsável por mais de 30% do
volume de produção nacional de soja, o vazio sanitário terminou no dia 15 de
setembro e, com a primeira ou segunda chuva após esta data, muitos produtores
colocaram as máquinas no campo. Mas, a água parou e os trabalhos estacionaram
junto com ela. As chuvas só estão retornando agora, iniciando novembro.
Segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária
(Imea) até 31 de outubro o Estado semeou 40,5% do previsto, um atraso de mais
de 30% em relação à safra anterior e um cenário incomum em comparação com os
últimos ciclos.
Para o Imea, a situação é preocupante, mas ainda não é
possível dizer se haverá muitas perdas. Se as chuvas não voltarem a apresentar
volumes satisfatórios, muitos produtores terão de replantar suas lavouras, o
que vai impactar bastante os custos desta safra. Mas, parece que os céus já
estão colaborando...
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