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Eu não
entendia nadinha sobre azeites até ir cobrir um evento gastronômico e esbarrar em
um stand com o produto. Aproximei-me e iniciei algumas perguntas, curiosa. Uma
jovem senhora portuguesa, radicada no Brasil, deu-me uma aula cheia de amor
sobre o preciso óleo, então eu comecei a aprender alguma coisa.
No mesmo
dia, mais tarde, ainda entrevistei Paulo Freitas, criador do Azeite Online,
degustador profissional credenciado pelo Conselho Oleícola Internacional (IOC –
International Olive Council), um fera no assunto, aberto a compartilhar seu
conhecimento, assim como a senhora portuguesa de horas antes.
A partir de
então, comecei a prestar mais atenção no azeite e olhá-lo como já havia
começado a olhar para o vinho, como algo complexo, elaborado e que pode trazer
muito prazer a uma refeição se as escolhas forem acertadas.
O que mais
me chocou naquela tarde foi descobrir, segundo aquelas duas fontes, que o
azeite extra virgem que comumente compramos no Brasil não faz jus ao nome. Por
aqui, a classificação do produto leva em consideração apenas a acidez, quando,
na verdade, deveria avaliar diversos critérios de pureza e graus de defeitos - além de existirem métodos químicos para baixar a acidez.
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Otimista, Paulo me disse na ocasião que a
situação logo tomaria rumos diferentes, pois os brasileiros estavam começando a
prestar atenção ao universo do azeite, como já começaram a fazer anteriormente
em relação a outros alimentos.
Para ele, em
algum tempo os rótulos de azeite virão com o nome das variedades de azeitona
descritos, como acontece com as uvas, no caso dos vinhos, e o consumidor sabe
mais ou menos as características de cada variedade e quais mais lhe agrada o
paladar.
Então, se
não é confiável o que vemos nos rótulos nos supermercados, como comprar um bom
azeite? O passo mais fácil é procurar um representante ou uma loja
especializada e pedir ajuda, certamente os profissionais poderão dar
informações úteis.
Outra
maneira, menos fácil, é experimentar. Comprar, degustar, analisar cor, sabor,
cheiro. “Pesquise sobre de onde vem, procure saber do produtor”, ainda me disse
a senhora portuguesa, incentivando uma pesquisa antes de comprar. E ainda me
assustou: “Você jamais irá comprar um azeite extra virgem de verdade por menos
de 30 reais. É impossível. Azeite extra virgem é caro”.
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Seguindo com
as dicas, o degustador profissional atentou-me para outro fato, a oxidação do produto.
A partir da hora que uma garrafa é aberta, começa a oxidar e perder suas
características.
Os frascos
devem estar sempre bem fechados e armazenados longe de calor, luz e umidade.
Vidros transparentes? Nunca. Galheteiras abertas, com azeite, sobre mesas e
balcões de restaurante? Jamais!
E nem
adianta ficar economizando muito, rs. A partir de aberto, um vidro de azeite
manterá suas características originais (sob a correta armazenagem) por mais ou
menos 30 dias. Então, consuma tudo no prazo mais adequado para aproveitar as
características originais do produto.
Eu fiquei
bastante inspirada a aprender mais sobre azeite, sobretudo porque não dispenso
seu uso na cozinha e nem preciso me preocupar no tópico sobre os 30 dias...rs.
Para saber mais, acesse o portal Azeite Online e o site da OIC.
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