segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Desvendando o Azeite


Foto: Reprodução

Eu não entendia nadinha sobre azeites até ir cobrir um evento gastronômico e esbarrar em um stand com o produto. Aproximei-me e iniciei algumas perguntas, curiosa. Uma jovem senhora portuguesa, radicada no Brasil, deu-me uma aula cheia de amor sobre o preciso óleo, então eu comecei a aprender alguma coisa.
 
No mesmo dia, mais tarde, ainda entrevistei Paulo Freitas, criador do Azeite Online, degustador profissional credenciado pelo Conselho Oleícola Internacional (IOC – International Olive Council), um fera no assunto, aberto a compartilhar seu conhecimento, assim como a senhora portuguesa de horas antes.

A partir de então, comecei a prestar mais atenção no azeite e olhá-lo como já havia começado a olhar para o vinho, como algo complexo, elaborado e que pode trazer muito prazer a uma refeição se as escolhas forem acertadas.

O que mais me chocou naquela tarde foi descobrir, segundo aquelas duas fontes, que o azeite extra virgem que comumente compramos no Brasil não faz jus ao nome. Por aqui, a classificação do produto leva em consideração apenas a acidez, quando, na verdade, deveria avaliar diversos critérios de pureza e graus de defeitos - além de existirem métodos químicos para baixar a acidez.

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 Otimista, Paulo me disse na ocasião que a situação logo tomaria rumos diferentes, pois os brasileiros estavam começando a prestar atenção ao universo do azeite, como já começaram a fazer anteriormente em relação a outros alimentos.

Para ele, em algum tempo os rótulos de azeite virão com o nome das variedades de azeitona descritos, como acontece com as uvas, no caso dos vinhos, e o consumidor sabe mais ou menos as características de cada variedade e quais mais lhe agrada o paladar.

Então, se não é confiável o que vemos nos rótulos nos supermercados, como comprar um bom azeite? O passo mais fácil é procurar um representante ou uma loja especializada e pedir ajuda, certamente os profissionais poderão dar informações úteis.

Outra maneira, menos fácil, é experimentar. Comprar, degustar, analisar cor, sabor, cheiro. “Pesquise sobre de onde vem, procure saber do produtor”, ainda me disse a senhora portuguesa, incentivando uma pesquisa antes de comprar. E ainda me assustou: “Você jamais irá comprar um azeite extra virgem de verdade por menos de 30 reais. É impossível. Azeite extra virgem é caro”.

Foto: Reprodução
Seguindo com as dicas, o degustador profissional atentou-me para outro fato, a oxidação do produto. A partir da hora que uma garrafa é aberta, começa a oxidar e perder suas características.

Os frascos devem estar sempre bem fechados e armazenados longe de calor, luz e umidade. Vidros transparentes? Nunca. Galheteiras abertas, com azeite, sobre mesas e balcões de restaurante? Jamais!

E nem adianta ficar economizando muito, rs. A partir de aberto, um vidro de azeite manterá suas características originais (sob a correta armazenagem) por mais ou menos 30 dias. Então, consuma tudo no prazo mais adequado para aproveitar as características originais do produto.

Eu fiquei bastante inspirada a aprender mais sobre azeite, sobretudo porque não dispenso seu uso na cozinha e nem preciso me preocupar no tópico sobre os 30 dias...rs. Para saber mais, acesse o portal Azeite Online e o site da OIC.

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