segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

2014, o ano de mais soja semeada na política


Foto: Reprodução
Claro que os mais importantes players do agronegócio sempre tiveram alguma força política. Mas, neste ano de 2014, em Mato Grosso, eles saíram dos bastidores e levantaram bandeiras com mais entusiasmo, menos receio e mais força, ainda.

A presidente reeleita, Dilma Roussef (PT) esteve cá por estas bancas e até mascou uns grãozinhos de soja. O presidenciável Aécio Neves (PSDB) também não poupou visitas ao “celeiro do país” e nem mediu esforços por alianças com lideranças do agronegócio local.

O setor levantou recursos, injetou-os em candidatos nas eleições e lançou nomes. Os discursos sobre “entrar com tudo” no processo eleitoral já vinham sendo mostrados há algum tempo, em diversas entidades representativas do setor. E deu certo.

Então presidente da mais fortalecida das entidades, a Associação dos produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Carlos Fávaro, foi eleito vice-governador do Estado.

Marcelo Duarte, diretor executivo da mesma associação há 9 anos, inicia 2015 à frente da Secretaria de Infraestrutura de Mato Grosso e tem nas mãos a possibilidade de começar a desenrolar um nó logístico que tanto aperta o calo do setor produtivo, uma bucha enrolada e atrasada que precisa, mesmo, de gente muito integrada ao setor para conseguir enxergar as soluções.

Seneri Paludo, que era diretor na Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), passou pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) como secretário de Políticas Agrícolas e no ano que se inicia assume a Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso, mais um agroman de trabalhos prestados com um importantíssimo cargo no staff estadual.

Seneri foi para o Mapa, aliás, porque o antigo secretário de Políticas Agrícolas, Neri Geller, também produtor em Mato Grosso, conquistou o cargo máximo do órgão, o de Ministro (agora dado a Kátia Abreu, para descontentamento de parte do setor). Cargo esse que algumas vezes já gerou especulações em relação ao nome do senador Blairo Maggi, em virtude do poder político dele e da proximidade com Dilma.

Rui Prado, presidente da Famato, concorreu a uma vaga para senador da República, mas não obteve votos suficientes. Isso sem citar as lideranças eleitas para a Câmara Federal e Assembleia Legislativa do Estado...

Sim, 2014 foi um ano de mais soja semeada na política, dando uma ideia do poder que o setor vai conquistando a cada eleição. Agora é esperar a colheita desta “safra”, torcendo por boa produtividade.

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